Você sabia que terpenos são um dos componentes mais importantes dos óleos essenciais? Hoje, em mais um artigo feito em parceria com as Girls In Green, vamos falar mais sobre os terpenos e investigar seus princípios, usos e benefícios na aromaterapia, Vem com a gente!
"Aqui, vamos falar um pouco mais sobre óleos essenciais, aromaterapia e o papel dos terpenos dentro de tudo isso. "
Muitos já conhecem os terpenos como uma das principais substâncias que compõem a todas as plantas. De todos os seus usos e aplicações em seres humanos, um dos mais intrigantes é a aromaterapia. Será que ela funciona mesmo?
Nosso sistema olfativo é o mais primitivo e complexo, segundo pesquisas. Seus receptores estão ligados diretamente com nosso cérebro, e são responsáveis por inúmeras reações instintivas.
Um cheiro pode provocar fome, nojo, medo, e até trazer memórias à tona. Por isso, existem indicações de que os terpenos podem sim afetar o comportamento dos animais e dos seres humanos.
O que é a aromaterapia e para que serve?
A Associação Estadunidense de Aromaterapia Holística (NAHA) define aromaterapia como “a aplicação terapêutica ou o uso medicinal de substâncias aromáticas (óleos essenciais) para a cura holística”. Ou seja: a técnica utiliza extratos naturais de plantas para promover a saúde e o bem-estar.
Recentemente, a aromaterapia ganhou mais reconhecimento nos campos da ciência e da medicina. Mas sua história é milenar!
Segundo a Aliança Internacional de Aromaterapeutas, culturas antigas, como povos da China, Índia e Egito, incorporavam componentes de plantas aromáticas em resinas, bálsamos e óleos. Essas substâncias naturais eram então usadas para fins medicinais e religiosos, e demonstravam benefícios físicos e psicológicos. Legal, né?
A destilação de óleos essenciais, a principal ferramenta da aromaterapia, é atribuída aos persas no século X — embora a prática possa ter sido usada por muito tempo antes disso. Mas foi apenas no século XIX que médicos franceses reconheceram o potencial dessas substâncias no tratamento de doenças.
O termo “aromaterapia” foi então criado pelo perfumista e químico francês René-Maurice Gattefossé, em um livro publicado em 1937. Ele já havia descoberto o potencial curativo da lavanda no tratamento de queimaduras. O livro discute o uso de óleos essenciais no tratamento de condições médicas.
E o que são óleos essenciais?
Em 1997, a International Standards Organization (ISO) definiu o óleo essencial como “produto obtido a partir de matéria-prima vegetal, seja por destilação com água ou vapor, ou do epicarpo de frutas cítricas por processo mecânico, ou por destilação seca.”
Quimicamente, os óleos essenciais são formados por estruturas de terpenos, sesquiterpenos, fenólicos, fenilpropanoicos, alifáticos não terpenos, heterocíclicos; e funções químicas de alcoóis, cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos, ésteres, óxidos, acetatos e vários outros, em diferentes proporções.
Os nossos queridinhos terpenos são, portanto, um dos componentes mais importantes do óleo essencial!
Como já descrevemos antes, de acordo com a ciência, os terpenos podem:
Apresentar efeitos antiviral, antisséptico, bactericida e anti-inflamatório;
Ajudar na desintoxicação do fígado;
Servir como estímulo para as funções glandulares;
Oxigenar as glândulas endócrinas hipófise e pineal, localizadas no cérebro;
Agir na liberação de monoaminas, como dopamina e serotonina.
Assim, entende-se que eles podem atuar não apenas no nosso humor, mas também ter funções importantes no nosso metabolismo. E a gente acha isso incrível!
Como os óleos essenciais são aplicados?
Normalmente, a aromaterapia se divide em inalação ou aplicação tópica. Vamos entender as diferenças entre os métodos:
Inalação
Os óleos são vaporizados no ar através de um difusor, spray ou gotículas de óleo, ou inalados em banhos de vapor, por exemplo. Além de proporcionar um cheirinho bem gostoso, os óleos de aromaterapia podem proporcionar desinfecção respiratória, descongestão e até benefícios psicológicos.
A inalação de óleos essenciais estimula o sistema olfativo, e a parte do cérebro ligada ao olfato. As moléculas que entram pelo nariz ou pela boca passam para os pulmões e, de lá, são distribuídas para outras partes do corpo.
À medida que as moléculas chegam ao cérebro, elas interagem com o sistema límbico, que está ligado às emoções, à frequência cardíaca, à pressão arterial, à respiração, à memória, ao estresse e ao equilíbrio hormonal. Desta forma, os óleos essenciais podem ter um efeito sutil, mas holístico, no corpo.
Aplicações tópicas
Óleos de massagem, produtos de banho e de cuidados com a pele são absorvidos pela cútis. Massagear a área onde o óleo foi aplicado pode aumentar a circulação e melhorar a absorção. Alguns argumentam que áreas mais ricas em glândulas sudoríparas e folículos pilosos, como a cabeça ou as palmas das mãos, podem absorver os óleos de forma mais eficaz!
Entretanto, os óleos essenciais nunca devem ser aplicados diretamente na pele. Eles devem sempre ser diluídos com um óleo transportador, como o óleo de amêndoa doce, de coco ou até mesmo o azeite de oliva. Também é fundamental estar atento à proporção de diluição, que a gente vai explicar logo mais.
Antes de usar em casa, é importante…
…fazer um teste de alergia:
Dilua o óleo essencial em um óleo transportador no dobro da concentração que você planeja usar;
Esfregue a mistura em uma área do tamanho de um quarto no interior do antebraço;
Se não houver resposta alérgica dentro de 24 a 48 horas, deve ser seguro usar.
Algumas pessoas relatam desenvolver alergias a óleos essenciais depois de usá-los muitas vezes. Se isso acontecer, você deve suspender o uso imediatamente!
E, para diluir:
Para obter uma diluição de 0,5 a 1%, use 3 a 6 gotas de óleo essencial por onça de óleo transportador. Para uma diluição de 5%, adicione 30 gotas a uma onça de transportador.
Segundo pesquisas, uma concentração máxima de 5% é geralmente considerada segura para adultos.
Benefícios da aromaterapia
A aromaterapia é considerada uma terapia complementar. Isso significa que ainda não existem evidências conclusivas de que ela fornece uma cura para doenças, erupções cutâneas ou doenças, mas que pode apoiar o tratamento convencional de várias condições.
Geralmente, os benefícios estão relacionados diretamente ao óleo essencial escolhido e os terpenos contidos nele. Existem cerca de 90 tipos de óleos essenciais mais comuns. Aqui, vamos usar como exemplo algumas opções Cool Terps — que fazem misturas que remetem a algumas das strains canábicas mais famosas por aí:
Lime Kush: um mix de Limoneno, Mirceno e Beta Cariofileno, de aroma cítrico e levemente picante, que promove relaxamento, leveza, revigoração e estímulo da criatividade.
SFG OG: mistura de D-Limoneno, Mirceno, Cariofileno, Linalol, Alfa-Pineno e Beta-Pineno, com notas de pinho terroso e limão, indicada para o alívio de dores, estresse e depressão.
Mango: com Mirceno, Pineno e Beta Cariofileno, seu aroma tropical e frutado traz bem-estar, calma e relaxamento.
Diesel: contendo Terpinoleno, Humuleno, Ocimeno, Mirceno e Beta Cariofileno, tem um cheirinho pungente e cítrico que promove o relaxamento, além de estimular o foco e a criatividade.
Berry White: mistura de Terpinoleno, Mentol, Bisabolol, Ocimeno, Mirceno e Beta Cariofileno, suas notas frutadas com fundo amadeirado estimulam a alegria e o bem-estar — além de atuar no alívio de náuseas e dores crônicas.
E aí, deu vontade de testar? Nós adoramos os terpenos e acreditamos muito nos seus poderes curativos. Se você possui alguma condição pré-existente, converse com seu médico sobre a possibilidade e siga direitinho as indicações. Mesmo produtos naturais devem ser usados com consciência e cuidado para preservar nossa saúde.
Para ficar por dentro dos conteúdos educativos sobre os terpenos, corra no Instagram @girlsingreen710 e @coolterps para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos Terpenos.
Gostou desse conteúdo? Compartilhe para a informação chegar em mais pessoas!
Até a próxima!
Conteúdo 100% independente produzido por Girls In Green e adaptado para o blog Cool Terps